Unimos a comemoração do Dia das Crianças e a conclusão do Projeto Literário Monteiro Lobato com um belo passeio ao Sítio do Pica Pau Amarelo, em Vargem Grande. Como foi o primeiro passeio da maioria dos alunos sem os pais, decidimos relatar um pouco mais a visita e colocar as fotos.

Organizamos as turmas em filas, todos uniformizados e devidamente identificados, conversamos com os alunos antes sobre como seria o passeio e como deveriam colaborar ficando juntos. Assim, seguimos para os ônibus, uma turma de cada vez. Todos com cinto de segurança, fomos para o Sítio cantando muitas musiquinhas.

00-fila-passeio-creche-ladybug

Chegamos e fomos recebidos pela Tia Anastácia que nos acompanhou até a casa da Dona Benta. Lá encontramos com a Dona Benta e o Visconde. Assistimos a um mini teatro apresentando alguns personagens do Sítio.

01-recepcao-sitio-tia-anastacia-creche-escola-ladybug-recreio

02-apresentacao-sitio-picapau-creche-escola-ladybug-recreio

Fomos para “mata” procurar o Pedrinho acompanhados pela Emília, Visconde, Tia Anastácia e Narizinho. Quando o Pedrinho apareceu nos contou histórias de suas aventuras e, junto com ele, procuramos pelo Saci. Este momento muitas crianças passaram por um misto de curiosidade, ansiedade e um pouco de medo. Alguns se aproximaram de suas professoras.

03-emilia-mata-sitiocreche-escola-ladybug-recreio

04-pedrinho-mata-sitio-creche-escola-ladybug-recreio

O Saci surgiu de longe, as crianças cantaram sua música e seguimos com o Pedrinho e a Emília para conhecer o Sítio do Pica Pau Amarelo.

05-saci-mata-sitio-creche-escola-ladybug-recreio

Fomos na casa do Tio Barnabé. As crianças adoraram o fogão a lenha. Ficaram muito curiosas com a simplicidade da casa, do poço para pegar água, e fizeram muitos questionamentos. Visitamos a horta, conhecemos os animais e os mais corajosos fizeram carinho em alguns.

06-casa-tio-barnabe-creche-escola-ladybug-recreio

06-casa-tio-barnabe-creche-escola-ladybug-recreio-206-casa-tio-barnabe-creche-escola-ladybug-recreio-3

07-carinho-animais-sitio-creche-escola-ladybug-recreio07-carinho-animais-sitio-creche-escola-ladybug-recreio-2

Depois acompanhamos o Pedrinho para vermos a Cuca. Novamente as crianças tiveram oportunidade de enfrentar seus medos se sentindo muito seguras. (Importante para seu desenvolvimento, pode ser um assunto futuro aqui.)

07-casa-pedrinho-cuca-sitio-creche-escola-ladybug-recreio

Retornamos para casa da Dona Benta para fazer um delicioso lanche. Após o lanche as crianças escolheram se queriam maquiagem: meninas de Emília, meninos de Visconde.

08-sitio-picapau-lanche-creche-escola-ladybug-recreio09-emilia-sitio-creche-escola-ladybug-recreio

A turminha do Sítio apresentou um teatrinho com músicas e encerramos nosso passeio com muitas brincadeiras no parquinho.

10-parquinho-sitio-creche-escola-ladybug-recreio

Foi uma forma perfeita de encerrar o Projeto Literário, onde conhecemos a obra de Monteiro Lobato e Sítio do Pica Pau Amarelo.

Obs: Para outras escolas que pensam em fazer o passeio... ele faz mais sentido se as crianças já estiverem familiarizadas com os personagens e historinhas do Sítio. O espaço é excelente, a equipe atenciosa, mas eles poderiam melhorar as fantasias, principalmente da Cuca e do Visconde.

Para quem se interessar, o contato do Sítio do Pica Pau Amarelo em Vargem Grande, Rio de Janeiro, é (21)2428-1161.

9. Metodologia e projeto pedagógico

A grande maioria das escolas de educação infantil diz seguir uma linha sócio construtivista. No entanto sabemos que na prática isto pode ser bem diferente. Além de observar detalhes como material estar a altura das crianças, verificar se existe um mural com projetos e se estes parecem mesmo ter sido feitos por alunos, os pais devem solicitar o projeto pedagógico. Veja o resumo do projeto da Creche Escola Ladybug aqui.

É importante também verificar se o projeto é realmente colocado em prática. Pergunte se a escola pode apresentar o planejamento de atividades. Nós disponibilizamos em nossa área restrita do site, um resumo semanal das principais atividades que serão realizadas com os alunos. Também apresentamos o planejamento das aulas de música, inglês e educação alimentar.

Vejam abaixo alnguns exemplos:

planejamento-educacao-alimentar-creche-escola-ladybug
planejamento-educacao-musical-creche-escola-ladybug


10. Adaptação

Como é feita a adaptação. A escola respeita o tempo das crianças e dos pais? Existe orientação na escola para a adaptação?

Indicamos ler este texto sobre a Importância da Adaptação na Educação Infantil


11. Férias e feriados

Este é um lado muito prático, mas de grande importância para os pais que trabalham fora, ou não possuem muita flexibilidade no trabalho. Você pode se surpreender como tantas creches ainda emendam os feriados.

A Creche Escola Ladybug não emenda nenhum feriado.

Os alunos do horário integral e ampliado não terão férias no meio do ano (teremos no lugar colônia de férias), as férias para este grupo também são reduzidas. Após nosso recesso de final de ano, oferecemos em janeiro um sistema de colônia de férias para nossos alunos até o início do ano letivo.

12. Regulamentação

Sempre é bom verificar se a escola é regulamentada. Pedir alvará. Isto quer dizer que a escola segue também todas as recomendações legais para oferecer um espaço seguro para os alunos.

Entre em contato com a CRE – Coordenadoria Regional de Educação. A mais próxima de nós fica na Região Administrativa da Barra da Tijuca (atende também Recreio dos Bandeirantes e adjacências) , telefone Tel: 3325-0353


13. Distância geográfica

Sempre é bom escolher escolas próximas de casa ou do trabalho para o caso de emergências ou até mesmo facilitar o dia a dia.

Se o trabalho é distante e precisa escolher entre um e outro indicamos o mais próximo de casa por dois motivos: muitas vezes a criança sai da escola cansada, assim como os pais e quanto menos tempo no carro melhor e os amigos da escola também irão morar próximos o que motivará encontros, brincadeiras e festinhas.

amigas-creche-escola-ladybug

14. Indicações e visitas

É importante, quando possível, buscar indicações, levantar prós e contras, mas sua amiga amar uma escola não quer dizer que você irá se apaixonar também. Mães, mesmo com perfis semelhantes, podem pensar e priorizar itens muito diferentes em relação a educação infantil.

Visite a creche escola, e depois leve a criança para uma visita. Nada melhor do que ver a alegria e interesse da criança para avaliar uma escola.

Esperamos que nossas dicas ajudem nesta escolha tão importante! :-)

5. Nutrição

Cada vez mais as pessoas estão se conscientizando sobre a relação entre o que consuminos e nossa saúde, para crianças isto chega a ser ainda mais importante. Pergunte se existe um trabalho de educação alimentar e um planejamento para o cardápio, melhor, peça para apresentar os cardápios e planejamento.

Na Ladybug contamos com uma nutricionista para a criaçao de um cardápio variado e nutritivo, com bom equilíbrio entre os grupos alimentares. Os responsáveis tem acesso ao cardápio completo a cada semana.

Esta mesma profissional orienta nossa equipe da cozinha uma vez por semana, o que nos dá oportunidade de priorizar as receitas caseiras como de pães e biscoitos para o horário do lanche.

Compramos frutas, legumes e verduras de um hortifruti duas vezes por semana, garantindo produtos mais frescos e de melhor qualidade. Também utilizamos alguns temperos de nossa horta.

Nossa nutricionista também dá aulas de Educação Alimentar uma vez por semana para nossos alunos. Nestas aulas trabalhamos a conscientização sobre alimentação e saúde, as crianças tem chances de experimentar novos alimentos (frutas, sanduíches e sucos com verduras, etc), além de participar do preparo de alguns alimentos.

Também realizamos palestras para pais e responsáveis, procurando conscientizar toda a família sobre a importância de uma boa educação alimentar. A nutricionista também está a disposição uma vez por semana para atender aos pais.

Lembre-se de perguntar como a escola lida com eventuais restrições alimentares como alergia ao leite, glúten, etc.


6. Psicóloga

Verifique se a escola conta com um apoio de um profissional de psicologia.

O apoio deste profissional aqui na escola vai muito além da observação de alunos ou, quando necessário acompanhamento e orientação para família. Muitas vezes ela conversa e orienta os pais em suas dúvidas mais diversas. Ela orienta nossos professores, oferece apoio e capacitação para toda a equipe, colabora na formação de nosso projeto pedagógico.

Nossa psicóloga também nos orienta em relação ao planejamento de espaço físico da escola. Alguns exemplos são, a importância do contato com a grama/natureza para o desenvolvimento das crianças e o planejamento da brinquedoteca.

Com ela também realizamos palestras para pais e responsáveis sobre os mais diversos assuntos como Letramento, Contos de Fadas e Importância do Brincar.


brinquedoteca-creche-escola-ladybug


7. Rotina

Cada escola tem uma rotina e ritmo. Apesar das crianças se adaptarem rapidamente é sempre bom perguntar como é a rotina. Verifique se existe uma rotina organizada com horários estabelecidos para atividades, higiene, alimentação, sem nunca esquecer de espaços para brincar (tão importante nesta fase). Está provado que a rotina é fundamental para a criança se sentir segura.

8. Presença da coordenadora pedagógica e direção

Pergunte como pode fazer contato com a direção da escola e se a coordenadora pedagógica pode ser encontrada diariamente.

A presença da coordenadora e direção (de preferência sócios) facilita a comunicação com pais e responsáveis, garante o esclarecimento rápido de algumas questões e solicitações.

Além disto a coordenadora pedagógica é vital para a boa realização do projeto pedagógico, esclarecendo dúvidas da equipe e, quando necessário, fazendo ajustes.

No próximo post falaremos sobre projeto pedagógico e algumas dicas para verificar se ele realmente é colocado em prática.

O mês passado já iniciamos as matrículas, dando preferência para nossos alunos. As perguntas são muitas, por telefone, e-mail e durante as visitas.

Decidimos levantar alguns pontos e oferecer algumas dicas para a escolha de uma creche ou escola na fase da educação infantil. Aproveitamos para esclarecer um pouco como agimos na aqui na Creche Escola Ladybug.


1.Formação e qualidade dos professores


Segundo o Conselho Nacional de Educação os professores devem ser qualificados como educadores e ter carreira no magistério. Isto significa ter o curso de formação de professores (normal) ou diploma em pedagogia.

Assistentes, berçaristas ou recreadoras não precisam ter formação. É exigido apenas a conclusão do ensino fundamental (até 4º série). O que acontece na maioria das escolas é a contratação de profissionais para o berçário ou como apoio das professoras sem formação e /ou qualquer preparo para um trabalho pedagógico. Nossa experiência demonstra que isto diminui a qualidade do ensino, ou mesmo vivência na escola. Nunca esqueça de perguntar sobre a formação dos professores e assistentes.

Na Creche Escola Ladybug todos os professores são qualificados e as professoras assistentes possuem no mínimo o Normal. Professores em atividades mais específicas como música e psicomotricidade, além da formação superior na área possuem especialização.




2. Quantidade de alunos, professores e ajudantes por sala

O Conselho Regional de Educação faz indicações diferentes das quantidades de acordo com idades: até 2 anos 1 adulto para cada 6 crianças, 3 anos 1 adulto para cada 15 crianças, de 4 a 6 anos 25 crianças por adulto. Pergunte a relação aluno/adulto por turma, assim como se existe limite na quantidade de alunos por turma.

Na Creche Escola Ladybug limitamos o número de crianças por turma. No berçário II nossa turma é de 12 alunos com 3 professoras (4 por adulto), nas demais turmas estipulamos o máximo de 16 crianças por turma, todas com 2 professores cada.


3. Segurança

Portões evitando saída para outras áreas, tomadas fechadas, piso adequado em relação a idade são alguns dos pontos mais conhecidos.


Outro item muito importante é o controle de entrada e saída. Aqui na escola solicitamos aos pais que especifiquem as pessoas autorizadas e, de preferência, avisem na agenda ou telefone quando houver mudança no esquema de busca (como um tio ou avó buscar). Também solicitamos fotos para facilitar a identificação.

No momento da saída todas as crianças aguardam os responsáveis na sala de aula. A professora direciona a criança e a entrega pessoalmente aos pais ou responsáveis para o melhor controle da saída.


4. Saúde

Limpeza é um dos pontos, perguntem como a limpeza é feita.

Salas ventiladas, espaços abertos para brincar, banheiros separados para crianças e adultos, espaços onde a criança brinque e possa também tomar um pouco de sol são importantes. Priorizamos ter um espaço com grama, árvores e plantas, para motivar o contato com a natureza, o que influência formação e saúde.


É importante conhecer os procedimentos quando a criança apresenta febre ou mal estar na escola. Na Ladybug entramos sempre em contato com os pais e, quando preciso, tomamos medidas necessárias, autorizadas pelos responsáveis, enquanto o aluno aguarda a chegada dos mesmos.

Aqui, além destes cuidados, temos apoio da nutricionista e psicóloga para garantir um cardápio e educação alimentar e o apoio a famílias em questões do desenvolvimento e educação infantil. Vamos tratar disto mais especificamente em nosso próximo post.
Temos colocado no nosso site receitas realizadas na escola para que os responsáveis conheçam, além do cardápio, também como é realizado o preparo dos alimentos aqui na escola. Uma boa oportunidade de repetir os pratos prediletos das crianças em casa.
Infelizmente nossa nutricionista Danielle, não tem a fonte de todas as receitas, algumas ela modificou, outras criou. Caso encontre aqui uma receita sua, ou conheça a fonte nos informe e colocaremos os créditos.
Alguns alunos da Creche Ladybug possuem alergia e outros já passaram por períodos sem poder consumir para investigar alergias. Conversando com as mães, notamos as dificuldades iniciais em adaptar a alimentação, por isto iniciamos compartilhando, agora de forma mais aberta, as receitas realizadas na escola.
Esperamos que gostem!


Bolinho de peixe assado

Ingredientes

2 filés de pescado bem picados ou moídos
1 cebola ralada
2 talos de cebolinha-verde picados
1 clara ligeiramente batida
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
1 colher (café) de sal

Modo de Preparo:

Misture os ingredientes e faça bolinhas. Coloque em uma assadeira untada com óleo e asse por cerca de 15 minutos em forno quente (200º C).



Bolo de milho sem glúten e sem leite

Ingredientes
3 colheres de sopa de creme vegetal (margarina sem leite),
3 xícaras de açúcar,
3 ovos,
2 xícaras de farinha de milho para cuscuz,
1 xícara de amido de milho (Maizena),
1 copo de suco de laranja,
fermento em pó químico (tipo Royal).

Modo de Preparo:

Misturar o suco de laranja à farinha de milho para cuscuz e reservar. Misturar a margarina ao açúcar. Acrescentar as gemas. Acrescentar a farinha de milho e o amido de milho (Maizena). Acrescentar o fermento. Se quiser, pode-se adicionar uma xícara de chocolate em pó (não pode ser Nescau ou outro tipo feito com leite em pó). Untar a forma com margarina e o amido (Maisena).


Recebemos a dica de uma mamãe que o óleo ou becel pode ser substituido por óleo de coco. Além de saudável gera um sabor gostoso.

O processo de avaliação na educação infantil deverá representar um reflexo da forma como todos os conteúdos são construídos com as crianças de forma descontraída e prazerosa, garantindo o interesse da criança a todos os assuntos que lhes são oferecidos.

Vale destacar que segundo a LDB :

Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro de seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental” (Lei 9394/96, artigo 31).

A avaliação não tem o objetivo de aprovar ou reprovar a criança. Ela representa um momento de trabalhar a auto-estima das crianças. Mostrar como elas avançaram. Uma criança precisa aprender sobre si mesma que ela é capaz; tem boas ideias, faz bons desenhos, conta boas histórias e pode contribuir com o mundo adulto oferecendo seu conhecimento já conquistado. Essa base segura favorecerá o movimento da criança na busca do conhecimento que é fundamental que seja assimilado por ela sempre como uma aventura cheia de prazer e novas possibilidades, inclusive em outros períodos da vida.

Um outro aspecto importante para pensar é que um processo avaliativo deve representar uma avaliação que não fique restrita apenas as crianças, mas que envolva todos os personagens ativos na tarefa de auxiliar a educação delas. Portanto, significa incluir a família e os educadores.

A inclusão desses dois personagens é fundamental, pois considerando que uma criança é um ser em desenvolvimento, sozinha ela não conseguirá conquistar com qualidade novas etapas, será necessário que ela esteja - “acompanhada” - ou seja - “estar em companhia” - significa ter um olhar atento de um adulto que auxilia e observa os progressos conquistados pela criança, seja na creche ou em casa.

Para que tal tarefa seja realizada, é necessário verificar as relações diárias da criança com o mundo e perceber suas conquistas oferecendo desafios que apresentem sentido aos seus questionamentos e hipóteses a partir de seus interesses. Portanto, a parceria da família com a instituição é fundamental.

Por esse motivo a avaliação não poderá se restringir apenas a criança, mas também exigirá uma reflexão da participação dos envolvidos durante esse processo.

Uma instituição infantil de qualidade deverá deixar claro para a família aspectos fundamentais relacionados a construção de sua proposta pedagógica: - Quais os objetivos da educação infantil? - Como é realizado o processo avaliativo? - Qual a criança que pretende ajudar a formar?
Mais uma vez é oportuno reafirmar que a educação infantil tem um fim em si mesma, não deve representar preparação para o ensino fundamental. Atualmente, vivemos em uma sociedade cada vez mais adultizada em que o tempo da infância corre o risco de deixar de existir – considero aqui infância como um conceito social necessário para criar possibilidades para que a criança possa vivenciar as necessidades especificas desse período da vida.

Para que a criança possa viver uma infância plena é fundamental garantir aspectos que a própria sociedade roubou da criança como por exemplo a redução, ou inexistência de espaço e tempo para a brincadeira livre e em grupo, aspectos importantes que provavelmente fizeram parte da infância de muitas pessoas adultas.

É importante garantir a possibilidade de oferecer as crianças “coisas de criança” para que possam expressar seus pensamentos e suas ações assimilando o mundo que vivem em doses gradativas e toleráveis, pois a pressa poderá representar ausência de determinados aspectos que serão necessários para as novas etapas.

Já existiu uma época em que crianças e adultos compartilhavam das mesmas atividades e tinham tarefas semelhantes, sem muita diferenciação. É essencial colocar atenção a esse aspecto, pois em um momento histórico com as características da nossa sociedade: tecnologia (internet, jogos eletrônicos), reorganização da família nuclear, falta de tempo para interações diárias, adulto e crianças tendo acesso as mesmas informações.

Existe o risco de termos crianças com suas infâncias roubadas, onde “coisa de criança” deixe de existir, fazendo com que elas sejam tratadas como miniaturas de adulto.

A educação infantil deve garantir além de outros aspectos que a criança seja tratada como criança e tenha direito do ócio para organizar suas ideias e testar suas hipóteses através da atividade principal da infância, a brincadeira.

A brincadeira irá garantir formas de expressão, assimilação do mundo real, desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo, criando possibilidades para que a criança tenha uma base segura que lhe possibilitará dar grandes saltos na direção de um equilíbrio emocional possibilitando um acesso de qualidade ao mundo em que vive.

Adelaide Rezende de Souza, Psicóloga na creche-escola Ladybug

Professora da Universidade Estácio de Sá, psicóloga (pela UFPA), especializada em saúde mental e desenvolvimento infantil e do adolescente (SCMRJ), com mestrado em psicologia e teoria do comportamento (UFPA) sua dissertação teve como título: “Resoluções de conflitos entre crianças através de brincadeiras de rua”. Ministra cursos sobre jogos e brinquedotecas. Consultora de instituições de educação infantil.


REFERÊNCIAS

ARROYO, M. G. O significado da Infância. Anais do simpósio de educação infantil.
Brasilia, MEC/SEF/DPE/CEDI, 1994: (88-92)

BORBA, A. M. O brincar como um modo de ser e estar no mundo. Texto publicado no documento da secretaria de educação do município do Rio de Janeiro, Ensino Fundamental de nove anos. Orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade, 2006.

SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.

MELLO, S. A. O processo de aquisição da escrita na educação infantil – contribuições de Vygotsky . In GOULART, A. L., de F. e MELLO, S. A. Linguagens Infantis outras formas de leitura. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.
Especialistas dizem que ler para filhos a partir dos 06 meses melhora a cognição

Ler ou não ler para um bebê, eis uma questão que David Dickinson, doutor em educação pela Universidade de Harvard e Perri Klass, pediatra, escritora e professora de pediatria da Universidade de Nova York, garantem saber responder: Sim, deve-se ler e muito, a partir dos 06 meses de vida. Mas os livros devem ser adequados a faixa etária das crianças. O hábito diário de folhear um livro cheio de cores e figuras, para eles, é a melhor forma de desenvolver a inteligência, a linguagem oral e escrita, preparando-a para a alfabetização e aprimorando sua capacidade de aprender, além de que, ler livros desde cedo, ajuda a criança a percebê-los como fonte de prazer e informação.

A idéia não é transformar o bebê em um minigênio.
Os especialistas que apresentaram pesquisas científicas na Bienal de São Paulo, provando como a leitura interfere no desenvolvimento cognitivo da criança, dizem que elas querem prazer e interação ao som da narrativa dos pais. Os benefícios desse ritual são insubstituíveis. Não adianta só conversar com a criança ou passear descrevendo as paisagens, nem inventar aventuras. Tem que ler, mostrar formas e cores e fazer perguntas ao bebê o tempo todo, estimulando sua participação.
O texto escrito possui uma variedade de vocabulário e uma complexidade sintática que não é encontrada na linguagem oral, nem mesmo na fala informal de adultos com curso superior. Todos os estudos mostram que expor a criança desde cedo aos livros, contribui para o desenvolvimento da linguagem, e consequentemente, para seu sucesso escolar.

Nunca é tarde para começar.
Mas para quem já perdeu o primeiro bonde, os especialistas garantem, nunca é tarde para começar. Só ressaltam que, quanto antes o hábito fizer parte do dia a dia da criança, melhor. Além de desenvolver diversas competências ligadas à alfabetização e à linguagem, a leitura também fortalece o vínculo das crianças com os pais.
Um dos aspectos mais importantes é envolver a criança desde cedo, no processo de escolha de livros. Pergunte sempre o que a criança prefere, deixe que ela manifeste seus interesses ou crie novos. A escolha leva ao compromisso.

Porém o neurofisiologista Mario Fiorani da UFRJ, alerta que só a leitura não garante o desenvolvimento da inteligência, para ele outros fatores tanto inatos quanto adquiridos também são importantes para a melhora da cognição. O estímulo a leitura só vai tornar tudo mais fácil.


O caminho das letras:
Várias livrarias da região possuem uma programação especial para a criançada, desde contadores de histórias, tarde de autógrafos com escritores a oficinas diversas Separamos um roteiro com as livrarias que oferecem programação infantil e o melhor, é de graça! Aproveite que o final de semana está chegando e leve seu filho para um passeio cultural.


Livraria Travessa (Barra Shopping) Tel: 2430-8100: Tem programa infantil aos domingos, às 17:00h

FNAC (Barra Shopping) Tel: 2109-2004 - Oferece diversas atividades aos sábados, às 16h.

Alegria das Letras (Barra Garden) – Tel: 3329-3630 – Tem programa todo último sábado do mês às 14h.

Argumento (Rio Design) – Tel: 2438-7644 – Os tapetes contadores de histórias se apresentam aos sábados as 11h

Saraiva Megastore (New York City Center – Barra Shopping) Tel: 2431-6494 – Aos domingos às 16h.


Fonte: Jornal O Globo e Globo Barra – 22/08/10
Durante a última semana ouvimos notícias sobre um projeto de lei que proíbe pais ou responsáveis de baterem em seus filhos. Acredito que essa Lei nem deveria existir, pelo simples fato que os pais, são os que mais deveriam proteger seus filhos! Mas sempre é tempo de mudar, vou contar aqui a minha experiência como mãe que não costuma usar castigos físicos como forma de educar!

Não vou negar que apenas uma vez, uma única vez, na minha total inexperiência como mãe, ,a raiva falou mais alto e eu dei um tapinha no bumbum da Bia que me deixou arrasada, ela tinha apenas 2 aninhos, uns 84 cm...e eu praticamente o dobro da sua altura e muitos anos a mais que ela!! Me senti muito mal...ainda ficou a marca dos meus dedos nela e nesse dia depois de me achar a pior das pessoas...a pior mãe do mundo eu prometi que jamais daria um tapa que fosse na minha pequena!!! Ia fazer tudo pra aprender a ser mãe...mas uma mãe que respeitasse e soubesse como agir e como controlar o descontrole!!!!!

Tenho conseguido me manter firme sem perder a paciência e colocando limites! Claro que não é fácil e dá muito mais trabalho ficar conversando, explicando causas e conseqüências e “inventando combinados”! Quando entramos em conflitos de interesses, como por exemplo: a hora de tomar banho, parar a brincadeira ,usar a roupa certa para a ocasião e ela não quer,eu primeiro penso se realmente tem que ser assim ou se podemos resolver de uma maneira que agrade a nós duas....As vezes não compensa brigar simplesmente porque tem que tomar banho agora e pronto,sempre temos um “combinado” e dá certo! Deixando sempre claro que nós, os pais, decidimos no final.

Também já passei por situações de birra dentro de uma loja de brinquedos, tentei conversar e não adiantou! O engraçado (ou o pior...) é que todo mundo ficava olhando e esperando para ver a minha reação....Eu não pensei duas vezes,deixei ela chorando e saí,claro que sempre de olho nela!Foi muito rápido....ela parou de chorar na mesma hora que percebeu que a “platéia” tinha saído!!Essa foi a primeira e a última vez

Hoje tenho certeza que é possível educar sem bater. Dar exemplos é muito mais importante. Mostrar para os nossos filhos o que é certo fazendo o que é certo. Se digo a ela que não é legal bater em um amiguinho, por que eu, a pessoa que diz que a ama mais que tudo nesse mundo se sente no direito de dar uns tapinhas de vez em quando? Muitas das crianças que apanham aprendem a adquirir tudo aquilo que querem através da agressão física e, em muitas vezes, apresentam na escola condutas agressivas para com os coleguinhas!

Quero um mundo melhor no futuro, sem violência e espero fazer pelo menos um pouquinho para colaborar com a sociedade! Bater em criança é covardia! Não bata, eduque!

Melissa Machado, mãe e professora da turma Pré II na Creche Escola Ladybug
Formada em 1994 no antigo Magistério. Graduada em Letras(Português/Inglês), pós graduada em Alfabetização e Letramento.

Foi professora da rede municipal de ensino de Itajubá, MG de 94 a 2007, onde exerceu também função de vice-diretora e diretora escolar.

Criou o
Blog Professora Melissa
onde descreve suas atividades com a turma Pré II da Creche Escola Ladybug
Um dos maiores questionamentos dos pais na fase da educação infantil é como estimular a linguagem, seja oral, leitura ou escrita, de seus filhos.

O primeiro passo é criar um ambiente que seja capaz de despertar o interesse da criança em falar, interagir, participar, trocar, questionar... logo, o diálogo entre pais e filhos é bem-vindo desde cedo.

Os pais ou mediadores podem tomar alguns cuidados na forma de diálogo:

- No caso de crianças menores de dois anos, estimular a fala evitando adivinhar os desejos da criança. Por exemplo: quando a criança apontar para geladeira, você pode perguntar “Você deseja água ou suco?” Em seguida aguardar a resposta da criança. Exige muita paciência e perseverança dos pais ou mediadores mas é vital para o desenvolvimento da criança.

- No caso de crianças até quatro anos é natural a troca de letras como “Quelo blincar.” Neste momento o mediador não deve corrigir a criança, mas falar corretamente as palavras dentro de um contexto, de preferência repetindo inúmeras vezes para possibilitar o aprendizado. “Você quer brincar de que? Quer brincar com seus carrinhos? Eu quero brincar com você.” Nunca repita ou fale de forma incorreta, nem ressalte o erro da criança.

A criança também aprende muito brincando. Brincadeiras são uma oportunidade de crescer, sem cobranças, sem medo, apenas com prazer e criatividade. O canto, a leitura e interpretação de histórias,dramatizações,pintura...tudo isso estimula a linguagem. Para ilustrar melhor, apresento mais dois exemplos de como as brincadeiras agem no aprendizado:

- Telefone sem fio: estimula a atenção,sequência e memória auditiva,além do vocabulário. Contribui muito para a fala.

- Pular amarelinha: estimula o equilíbrio,coordenação motora,noção de espaço, números, a aguardar a vez, o respeito ao próximo, a lidar com regras,integração. Também contribui para a aprendizagem da escrita, pois ao escrever é preciso ter coordenação motora, organização do espaço, noção de antes e depois.
Lembrem-se sempre: o diálogo e o brincar são essenciais para o bom desenvolvimento da criança. Você já brincou com seu filho hoje?

Fga Ana Paula Oluchi Lamego.

Fonoaudióloga,Pós Graduada em Audiologia Clínica pela Unigranrio. Atuou em Projetos para comunidades populares “Grupo deAdolescentes” e “Planejamento Familiar” pela Secretaria Municipal de Saúde do RJ. Entrevistadora do Projeto “Aceitabilidade do condom feminino em contextos diversos”( NEPO/UNICAMP/DST AIDS). Publicou artigo em 2002 pela Secretaria Municipal de Saúde/RJ. “Aimportância das atividades educativas e preventivas nas unidades de saúde”.
Atua na área da fonoaudiologia há 14 anos,em hospitais,clínicas,escolas e na Creche Escola Ladybug.
Email: oluchipaula@hotmail.com
“Eu queria ser a melhor mãe do mundo e ao mesmo tempo eu a estava estragando”.

Encontrei o vídeo abaixo do programa Espaço Aberto Saúde da Globo News sobre a superproteção exercida por algumas mães e os malefícios que isto pode causar em relação a saúde física e desenvolvimento emocional da criança.

Médicos fizeram um alerta na reportagem: crianças que vivem em ambientes sempre muito
limpos estão mais propensas a alergias e outras doenças. O pediatra Dr Jorge Huberman disse: “está comprovado que o contato com um pouco de sujeira aumenta a imunidade da criança”.

Me sensibilizou muito o depoimento de uma das mães. Ela sempre manteve tudo muito limpo e organizado, incluindo a filha. Não a deixava se sujar, trocava toda hora de roupa e vivia com um paninho a postos para limpar qualquer sujeira. Aos 3 anos a menina não conseguia evacuar. Após uma conversa com uma amiga psicóloga e o acompanhamento de um profissional da área descobriu ser consequência do excesso de limpeza e controle. Além disso a filha já apresentava atraso no desenvolvimento emocional.

Segundo a psicóloga Zilda Derrico de Castro, a criança evita evacuar não apenas para não ter contato com as fezes, mas para agradar a mãe, que não gostava de “sujeira” e para mostrar aos pais que também pode ter controle. O excesso de limpeza e controle também impede a boa interação com outras crianças afetando a sociabilidade. A criança passa a ter nojo das demais crianças por estarem sujas das brincadeiras.

Para a melhora da filha, a mudança foi necessária não apenas na vida da criança, foi preciso a mãe mudar. A mãe não poderia apenas falar , mas demonstrar aprovação aos novos hábitos, aprova-los também internamente.

Muitas vezes, os pais criam verdadeiras “redomas” para seus filhos, por desconhecer que crianças superprotegidas podem tornar-se adultos frágeis, inseguros e incapazes de lidar com as frustrações da vida.

A reportagem fecha com a mesma mãe quase desabafando “se eu tiver outro filho, vou colocar naquela escola onde a criança vem toda suja”. Brincar, ter contato com a natureza, mexer na terra da horta realmente gera sujeira, mas é brincando que a criança experimenta o mundo, e isso é essencial para o seu crescimento. No final, um bom banho resolve tudo . ;-)

É importante ressaltar: não estamos fazendo apologia a “sujeira”, mas sim ao direito da criança de brincar e de desenvolver sua autonomia. Relaxem e assistam!

Andrea Vieira
Diretora da Creche Ladybug


Dia 05 de junho foi comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Infelizmente não tivemos tempo de preparar um post sobre o assunto mas como outro dia nos questionaram se possuimos um projeto de educação ambiental achamos o assunto pertinente para o momento.

Possuimos um projeto? Não. Digo isto porque não temos um projeto específico mas a educação ambiental é aplicada no dia a dia da escola em inúmeras situações.


Horta

Hoje a utilização de nossa horta na escola está inserida no projeto de educação alimentar, mas claro que o cuidar da horta envolve o aprendizado de cuidado com a natureza. Neste ano, já temos mudas prontas de alface, preparadas pela turma do Maternal I e algumas sementes, que esperam o tempo firmar para serem plantadas. Além do que, foi preparado anteriormente e está disponível na horta, manjericão, salsão, hortelã, alecrim, orégano, cebolinha, salsinha, alfavaca e cenoura. As turmas se alternam para regar a horta atual e em breve participarão do novo plantio.

O carinho delas pela horta e seu encanto no momento da colheita são fantásticos.


Reciclagem

Temos recipientes para guardar o material reciclável: embalagens plásticas (potes de sorvete, iogurte, garrafas PET), caixas de leite e de suco, caixas de papelão, rolinhos de papel higiênico, jornal, (guardamos e reaproveitamos sobras de papéis, EVA, TNT), etc...

As professoras, com frequência, inserem nos seus planejamentos atividades envolvendo as sucatas, por ex. colagem, recorte , pesquisa em jornais, enfeites para eventos da escola, etc. As crianças criam artes e brinquedos de material reciclado desenvolvendo a criatividade, brincadeiras e aprendem o valor da transformação.

A Turma do Maternal I, por exemplo, fez belos cavalos de pau com garrafas pet, cano de pvc e sobras de EVA para sua apresentação na festa junina. O sucesso entre os pequenos e as demais turmas foi enorme.


Educação na pequenas ações

Educação ambiental envolve muito nossas ações do dia a dia. Ajudamos a criança a aprender e compreender que pequenas ações fazem a diferença. Alguns exemplos:

- na hora de escovar os dentes, tomar banho e lavar as mãos, ensinamos a não deixar a torneira aberta, porque isso gasta muita água e ela é muito importante para a nossa sobrevivência.

- na hora do lanche, ensinamos que o lixo deve ser jogado no lixo, pois se jogar no chão suja a rua, entope os ralos e quando chove pode provocar uma enchente....

Aproveitamos estes momentos como oportunidade de ensino.


Espaço da escola

Nos esforçamos e investimos para manter nosso espaço verde. Digo nos esforçamos, pois requer cuidado constante e investimento de replantio todos os anos, principalmente da grama. Este esforço não é em vão. Acreditamos que nada melhor do que o convívio com a natureza para ensinar as crianças a aprecia-la e respeita-la.



Melhorando sempre

Este semestre os alunos do horário integral e parcial abandonaram os sacos plásticos de roupa suja e as substituiram pela sacola da foto. Protege o meio ambiente, pode ser lavada e sempre reutilizada.

Para motivar seu uso atuamos em parceria completa: escola e pais envolvidos neste projeto.


#Teaser! Em breve presentearemos os pais com um belo item para ampliar nossa ação ecológica. Aguardem!


Conclusão

Repetindo: Não temos um projeto específico de meio ambiente porque o tema vai muito além de um simples projeto. A educação e respeito ao meio ambiente é aplicada naturalmente, no dia a dia da escola. Esperamos que esta seja nossa colaboração, seria gratificante ver isto ultrapassando os muros da escola ;-)
De Fevereiro a abril, trabalhamos o projeto EU/Identidade , com o objetivo de estabelecer vínculos, construindo uma imagem positiva da criança sobre si mesma e sobre os outros que fazem parte do seu cotidiano: família, educadores, amigos, através do respeito e valorização das experiências e bagagens trazidas do seu ambiente. Além de fazer com que a criança se percebesse acolhida, sentindo- se segura no ambiente escolar.

Durante quatro meses nossos alunos foram estimulados, de forma lúdica, no seu desenvolvimento global, envolvendo-se e participando de atividades diversas, interagindo com o seu meio: social, emocional e cultural, estabelecendo relações e questionamentos, conforme conhecimento prévio de sua faixa etária.

Todo o projeto estabeleceu uma relação de crescimento horizontal e vertical, envolvendo profissionais de todas as áreas: Por exemplo, quando a criança estava trabalhando o seu nome , isto também era feito em : inglês, música, informática, nutrição, matemática, português, ciências... enfim, desse modo a criança tem a oportunidade de apropriar-se dos mais diversificados tipos de linguagem, expandindo, construindo e internalizando de modo independente o próprio aprendizado.

A partir de maio entramos em uma nova etapa, iniciamos nosso próximo quadrimestre com o projeto “ Bate Bola Literário “ levando a criança ao mundo encantado dos contos de fada, sonhos e fantasias. Onde também estão sendo trabalhados temas transversais como: pluralidade cultural, ética e valores.

No momento em que é dado à criança uma verdadeira oportunidade como esta de participar e envolver-se com o mundo literário...o desenvolvimento, atenção e percepção do todo,torna-se cada vez mais apurado, evoluindo naturalmente, para despertar o interesse pela leitura e escrita de modo crescente.

No mês de maio trabalhamos os contos de fadas e fábulas, com dramatizações, contação de histórias, utilizando diversos recursos, tais como: livros, dvds, fantoches, músicas, etc.

Dia 10 de maio começou o nosso projeto e nesse dia toda a escola estava enfeitada com o tema “ Contos de Fada”, e as crianças vieram com suas fantasias preferidas para participar da nossa encenação do conto da Cinderela, apresentado pela nossa equipe pedagógica.

Dia 11 aconteceu a nossa “Feira do Livro”, onde as crianças “ compraram” os livros para a sua turma. A partir daí, iniciou-se um mergulho intenso nesse mundo maravilhoso da literatura.

Agora em Junho, assim como o mundo, estaremos envolvidos com a Copa na África do Sul que também será trabalhada na literatura, juntamente com as poesias musicadas de Maria Mazzetti e Vinícius de Moraes.

Em Julho, depois do recesso, durante a nossa colônia de férias, vamos jogar muito futebol , e também praticar diversas modalidades esportivas nas nossas aulas de Psicomotricidade. Ainda aproveitando a copa na África, vamos ter a oportunidade de conhecer os países e continentes, através do atlas geográfico, as bandeiras dos países participantes com todas as suas cores e formas, os animais selvagens que vivem naquela região, etc.

Em nossas aulas de música, vamos conhecer os ritmos, sons e instrumentos africanos e em nossas atividades de educação alimentar, vamos experimentar algumas receitas e curiosidades!

Para finalizar em agosto vamos de : Monteiro Lobato, Ziraldo, Ana Maria Machado, Ruth Rocha, Mary França, entre outros, tão encantadores autores, que tanto contribuíram e ainda contribuem para o universo da literatura infantil.

Histórias diversas serão introduzidas, trabalhadas em todos os níveis, assim como os jogos infantis, cantigas de roda, atividades de expressão artística... enfim... Aguardem! E acompanhem aqui esta explosão de aprendizado em nossos pequenos!


A Educação Infantil constitui uma experiência necessária de socialização para a criança. As brincadeiras e jogos estimulam o relacionamento com o mundo a sua volta, adquirindo e testando novos conhecimentos, representando situações do seu cotidiano, expressando seus sentimentos e suas fantasias.

O ingresso das crianças nas instituições pode criar ansiedade tanto para elas e para seus pais como para os professores. É o seu primeiro contato com um grupo de pessoas diferentes das de sua família. Por isso, é comum que a criança chore em seus primeiros dias de aula, pois, sente com mais intensidade a separação de seus pais, experimentando um sentimento de abandono e angústia.

As reações podem variar muito, tanto em relação às manifestações emocionais quanto ao tempo necessário para se efetivar o processo. Em geral, o período de adaptação durará aproximadamente uma semana, podendo em alguns casos, ser maior ou menor.

Algumas crianças podem apresentar comportamentos diferentes daqueles que normalmente revelam em seu ambiente familiar, como alterações de apetite; retorno às fases anteriores do desenvolvimento (voltar a urinar ou evacuar na roupa, por exemplo). Podem também, adoecer; isolar-se dos demais e criar dependência de um brinquedo, da chupeta ou de um paninho.

É natural que a criança manifeste uma certa dificuladade em se separar da mãe (ou pai), quanto menor for, maior a dificulade. A tranquilidade e a segurança dos pais favorecem a separação transitória. Portanto , eles devem estar tranquilos de que a decisão tomada foi correta.

Há mães que não chegam a chorar, mas seus olhos imploram “ filho, fique comigo”, embora as palavras o incentivem a ir com a professora . . é frequente que no período da adaptação as crianças chorem na presença da mãe, resistindo a entrar na escola, mas uma vez dentro dela, mudam completamente e ficam felizes ao lado dos colequinhas em pouco tempo.

Os pais devem preparar a ida para a escola com observações como: você vai brincar, fazer coisas que não faz em casa, fazer novos amiguinhos, pintar, ir ao parquinho, etc. Depois você conta tudo pra mamãe (ou pro papai).“ Quando a criança sabe que poderá contar tudo aos pais, sente-se mais segura, forte e participativa. Os pais devem demonstrar interesse e ouvir atentamente. É a maneira de estarem presentes, mesmo ausentes.

É importante, nos primeiros dias, e até quando se fizer necessário, a presença da mãe, pai ou de alguém de confiança da criança para que ela possa enfrentar o novo ambiente junto de alguém com quem se sinta segura. Somente quando tiver estabelecido um vínculo afetivo com o professor e com as outras crianças, é que ela poderá enfrentar bem a separação, sendo capaz de se despedir da pessoa querida, com segurança e desprendimento.

Os pais podem encontrar dificuldades de tempo para viver este processo por não poderem se ausentar muitos dias no trabalho. Neste caso, seria importante que pudessem estar presentes, ao menos no primeiro dia, e que depois pudessem ser substituídos por alguém da confiança da criança.

Fonte:
Referencial Curricular Nacional / Educação infantil
Trechos do livro :Quem ama educa! (formando cidadãos éticos) Içaimtiba



Quantos pais vivem frequentemente angústias diante da recusa das crianças de se alimentar, principalmente, durante as refeições principais, diante de um prato de comida? Quais os fatores que prejudicam e que condicionam as crianças a recusarem alimentos essenciais a sua saúde? Com relação a esse assunto, vamos conversar sobre a construção de hábitos e como nossas atitudes influenciam e interferem na construção do paladar da criança.

Para começar cabe fazer a seguinte pergunta: Qual o papel de um centro de educação infantil com relação a qualidade da alimentação de uma criança? Quais os limites de interferência de uma creche durante esse processo?

Essas são questões primordiais que se consolidam em muitas dúvidas durante o processo de construção de hábitos alimentares na infância.

O Referencial Nacional Curricular para a Educação Infantil destaca entre outros assuntos o cuidar e o educar como ações indissociáveis, e as atitudes que correspondem a esses aspectos não devem ser pensadas separadamente, ou seja, contemplar o cuidado na esfera da instituição da educação infantil significa compreendê-lo como parte integrante da educação”. p.24 (Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de educação Fundamental, 1998).

Focando especificamente para o nosso tema devemos lembrar que ao oferecermos alimentos a uma criança, estamos oferecendo conjuntamente, valores, hábitos, crenças e tradições que falam de nós mesmos e de nossas formas de se alimentar.

O homem, ao contrário dos outros animais, não come somente para matar a fome. Come para estar com amigos. Para festejar, fechar negócios, despedir-se. O homem come para cultuar. A comida tem um significado social. (PIOTTO, FERREIRA, PANTONI, 2002, P.126)

Portanto, alimentar envolve tradições como: por a mesa, compartilhar, degustar, trocar ideias e admirar a qualidade dos alimentos que ali estão. Isso envolve tempo e disponibilidade para compartilhar esses momentos na companhia das crianças. Em uma relação de igualdade onde os alimentos sejam para todos, sem distinção de adultos e crianças.

A criança precisa sentir-se dentro de um contexto alimentar onde ela não precisa ser a atenção principal, mas uma companhia adequada para estar com os pais vivendo um momento agradável. Porém, novamente como destacado por PIOTTO, FERREIRA, PANTONI ( 2002) “Logo a criança descobre que comer é uma maneira de se relacionar com os outros. E não comer faz parte disso.” p.126

Além desse aspecto para complicar mais as coisas todos sabemos a corrida diária que enfrentamos na luta pela sobrevivência, e que na maioria das famílias é impossível manter esse modelo ideal de rotina alimentar com as crianças, apesar de sabermos que sempre que possível é importante valorizar esses rituais.

O trabalho da creche entra nesse momento representando um contexto social mais amplo, onde a criança poderá ter acesso a diversos alimentos com formas, sabores, texturas e cores, elaborados por uma equipe multidisciplinar composta de nutricionista e educadora.


Nesse ambiente a criança poderá cheirar, pegar, sentir a comida, com uma certa liberdade que em sua residência fica mais difícil; além de estar exposta ao aprendizado coletivo, pois na companhia de outras crianças poderão, muitas vezes comer mais do que se alimentam normalmente sozinhos e na companhia apenas de adultos.

Contudo, para que essa troca seja saudável é necessária a ajuda de todos os envolvidos. A creche participa com as orientações que possam se adequar a maioria. E as famílias das crianças com o respeito aos acordos alimentares estabelecidos pela instituição.

É difícil conciliar os horários restritos, a busca de alimentos saudáveis e de qualidade que estejam de acordo com os nossos hábitos alimentares, porém, é inaceitável não olhar para este assunto com atenção e comprometimento, pois em um espaço coletivo nossas atitudes influenciam não só na vida de nossos próprios filhos, mas influenciam na vida de muitas crianças que compartilham o mesmo espaço de convivência.

Portanto, um centro de educação infantil de qualidade tem a obrigação de zelar pelo bem de todos e orientar além de estratégias para garantir uma boa alimentação, oferecer dicas de quais alimentos são mais indicados, preservando assim, a saúde das crianças que estão sendo cuidadas e educadas coletivamente.

Termino por aqui lembrando que educar é um processo constante e continuo que envolve afeto e atenção e acima de tudo “o desejo de estar nesse lugar!”

Adelaide Rezende de Souza, Psicóloga na creche-escola Ladybug
Professora da Universidade Estácio de Sá, psicóloga (pela UFPA), especializada em saúde mental e desenvolvimento infantil e do adolescente (SCMRJ), com mestrado em psicologia e teoria do comportamento (UFPA) sua dissertação teve como título: “Resoluções de conflitos entre crianças através de brincadeiras de rua”. Ministra cursos sobre jogos e brinquedotecas. Consultora de instituições de educação infantil.


Referências Bibliográficas

BORBA, A. M. O brincar como um modo de ser e estar no mundo. Texto publicado no documento da secretaria de educação do município do Rio de Janeiro, Ensino Fundamental de nove anos. Orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade, 2006.

SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.

MELLO, S. A. O processo de aquisição da escrita na educação infantil – contribuições de Vygotsky . In GOULART, A. L., de F. e MELLO, S. A. Linguagens Infantis outras formas de leitura. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.

PIOTTO, D., C., FERREIRA, M., V., e PANTONI R. V. Comer, comer... comer, comer... é o melhor para poder crescer... In ROSSETI - FERREIRA, M. C. (orgs) Os fazeres da educação infantil. SP: Cortez, 2002,

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de educação Fundamental. Referencial Nacional Curricular para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998

D. Tereza - Você sabe que o meu sobrinho já escreve o nome dele todo,
e todo dia ele faz trabalhinho de dever de casa?
D. Margarida – Ah! essa escola é boa,
vai fazer esse menino ser muito inteligente!


É comum diálogos como esse entre responsáveis de crianças que estão frequentado escolas de educação infantil. Como existem escolas com propostas sócio-interacionistas que trabalham o aprendizado através do construtivismo, isso gera muitas dúvidas em pais alfabetizados pelo método tradicional. Ao mesmo tempo, paralelamente, ainda existem algumas escolas que reproduzem métodos antigos, como por exemplo a escola representada no diálogo acima.

Afinal qual a função de um centro de educação infantil (creche e pré-escola)? Devemos pensar em aproveitar a infância das crianças para treiná-las para o futuro? Preparando-as para serem integradas no ensino fundamental? Como fazer que as crianças sejam cidadãs criativas e reflexivas dominando a língua escrita e capazes de compreender os códigos e instrumentos de nossa cultura? De acordo com a definição de Magda Soares (1998) existem diferenças entre alfabetização e letramento:

alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e a escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita. p. 47.

E assim a autora continua destacando que o primeiro termo, alfabetização, corresponderia ao processo pelo qual se adquire uma tecnologia – a escrita alfabética e as habilidades de utilizá-la para ler e escrever. Para adquirir tal tecnologia é importante compreender o funcionamento do alfabeto, memorizar as convenções letra-som e dominar o seu traçado, usando instrumentos como lápis, papel ou outros que os substituam.

Enquanto que letramento relaciona-se ao exercício efetivo e competente daquela tecnologia da escrita, nas situações em que precisamos ler e produzir textos reais. É o exercício efetivo e competente da tecnologia da escrita.

Portanto, aquisição dos dois processos não devem ser feitas separadamente, eis aqui o grande dilema que reflete as diferenças entre os métodos utilizados em diferentes escolas. Escolas que apresentam uma proposta baseada em concepções sócio-interacionistas procuram desenvolver um processo em que a aquisição da língua escrita, não se resuma apenas a escrita de letras.

Vygotsky (in Mello,2005), importante pesquisador russo, destaca diretrizes para que a escrita se torne um instrumento de expressão e conhecimento do mundo para uma criança leitora e produtora de textos:

  • que o ensino da escrita se apresente de modo que a criança sinta necessidade dela.
  • que a escrita seja apresentada não como um ato motor, mas como uma atividade cultural complexa,
  • que a necessidade de aprender e escrever seja natural, da mesma forma como a necessidade de falar,
  • que ensinemos à criança a linguagem escrita e não as letras.

Costumo dizer que obrigar as crianças a copiar letras sem oferecê-las o significado, além de ser uma atividade sem sentido, representa para a criança em muitas ocasiões adestramento - “só sai daí quando acabar de copiar!” - com esse tipo de atitude ela aprende que o mais importante é aprender a obedecer não importa para que finalidade.

Um outro ponto importante que deve ser destacado é a respeito de quando iniciar esse processo. Segundo Mello (2005) “Vygotsky defenderia o letramento para as crianças até 6 anos, e para as crianças entre 6 e 10 anos a alfabetização com letramento”. (p.40)


Mas, surgem novas angustias, “será que meu filho estará preparado para o ensino fundamental frequentando uma escola que favorece o brincar como atividade principal?”

O letramento deve ser pensado como uma atividade que exige que a criança seja inserida em um processo cultural, em que ela domine símbolos e instrumentos de nossa sociedade, nesse sentido, não precisamos temer atrasos hipotéticos em crianças que tenham brincado bastante durante o processo de aquisição da escrita, pois possivelmente são crianças que pensam, tiveram a oportunidade de participar ativamente desse processo, ter suas ideias respeitadas e valorizadas e acreditam em si mesmas, como produtoras de conhecimento.

O brincar é uma atividade humana que por si mesma representa experiências associadas a nossa cultura, pois os brinquedos são objetos que imitam criações do homem na produção de instrumentos cotidianos como: ferro de passar, telefone, panela, fogão, carro, boneca e tantos outros.

Brincando as crianças podem representar papéis sociais e ações que na vida real não poderiam fazer, como fazer comida ou dirigir um carro. Esses são exemplos de atividades imaginárias baseadas em experiências reais que ajudam a criança a realizar pequenos ensaios sobre a realidade. Aproveitando o destaque de Borba, (2006) acho importante que façamos algumas perguntas para nós mesmos:

Como podemos compreender a criança nas suas formas próprias de ser, pensar e agir? Como vê-la como alguém que inquieta o nosso olhar, desloca nossos saberes e nos ajuda a enxergar o mundo e a nós mesmos? Como podemos ajudar a criança a se constituir como sujeito no mundo? De que forma a compreensão sobre o significado do brincar na vida e na constituição dos sujeitos situa o papel dos adultos e da escola na relação com as crianças e os adolescentes? p. 34

Para finalizar esse primeiro tema é importante destacar que pesquisas realizadas em diversos países demonstram que meninos e meninas que desde cedo escutam histórias lidas e/ou contadas por adultos, ou que brincam de ler e escrever (quando ainda não dominam o sistema de escrita alfabetizada), adquirem um conhecimento sobre a linguagem escrita e sobre os usos dos diferentes gêneros textuais, antes mesmo de estarem alfabetizadas.

Adelaide Rezende de Souza, Psicóloga na creche-escola Ladybug

Professora da Universidade Estácio de Sá, psicóloga (pela UFPA), especializada em saúde mental e desenvolvimento infantil e do adolescente (SCMRJ), com mestrado em psicologia e teoria do comportamento (UFPA) sua dissertação teve como título: “Resoluções de conflitos entre crianças através de brincadeiras de rua”. Ministra cursos sobre jogos e brinquedotecas. Consultora de instituições de educação infantil.




Fiquei motivada a escrever este depoimento por uma série de fatores: a palestra recente na escola Ladybug sobre Letramento x Alfabetização, este vídeo imperdível (parte I e parte II) encontrado por meu marido e a recente e equivocada visão da Veja sobre escolas Sócio-Construtivistas.
Estudei quase a vida toda em escolas com ensino tradicional. Lembro até hoje que no antigo CA recebia trabalhos de casa até para o período de férias. Nunca esquecerei dos cadernos de caligrafia no qual repetia inúmeras vezes letras e palavras.
Cursei ensino fundamental e ginásio numa escola tradicional, religiosa, uma das que possui maior pontuação no Enem e aprovações no vestibular. Sim, tive uma “base boa” mas acredito que esta escola causou mais danos do que benefícios na minha vida.
Sempre fui criança criativa, adorava ler, escrever, dançar e desenhar. Até hoje estas continuam sendo grandes paixões na minha vida. No entanto, a instituição jamais estimulou esta criatividade. Pelo contrário, estas atividades eram vistas como perda de tempo, distração.

Se eu gostava da escola? Sim. Adorava quando minha mãe chegava com os livros novos, adorava aprender. Se eu era boa aluna? Durante muito tempo fui uma das melhores da turma.
No entanto meu dom nunca foi para área tecnológica ou biomédica. Nunca quis fazer medicina, engenharia ou até mesmo advocacia. O meu talento era visto na escola como algo inútil, sem valor. No segundo grau me rebelei: o melhor professor de história foi levado da turma de ciências humanas para tecnológica.E nós, como aula extra, tínhamos uma aula de artes com uma professora despreparada...afinal, turma de Ciências Humanas é para quem não quer nada com estudos.
Por sorte tive pais incríveis. Meu pai com 4 anos me fez sentir um Leonardo DaVinci, um Picasso. Valorizou meus desenhos e criatividade como ninguém! Eles me proporcionaram aulas de pintura, desenho, dança. Motivaram a leitura como algo divertido, assim como a escrita. O diálogo em casa era aberto. Sempre fui contestadora e era motivada a contestar, buscar informações.
Aos poucos, fui me tornando duas crianças : se em casa era líder, criativa, alegre, na escola era fechada, turrona, tímida.
O que teria acontecido, caso não tivesse tido apoio dos meus pais? Caso não tivesse morado num local onde passava grande parte do dia brincando, livre?
Fiz desenho industrial, depois marketing, sou apaixonada por marketing digital... Herdei do meu pai um dom para atendimento só reconhecido na fase adulta. Escolhi uma carreira que envolve criatividade, inovação e conhecer as pessoas. Aptidões nunca oferecidas nas escolas onde estudei.
Sim, passei no vestibular, pude escolher minha universidade, porém me pergunto até onde teria ido caso a escola tivesse estimulado minha criatividade. Teria sido ilustradora? Virado escritora? Artista? Teria alçado voôs ainda maiores na minha escolha profissional?
Quero que meu filho tenha o que não tive: estímulo para suas aptidões, sejam quais forem. Quero ver meu filho brincar, pintar, interagir, ter espaço, se soltar, criar, crescer!
Anamaria, mãe de aluno da Ladybug da turma Maternal I