Bolo (fake) de Chocolate- Parece mas não é! 

Este bolo é tão saudável que nem dá para sentir culpa de comer o segundo pedaço... Fica uma delícia. Testamos a receita na creche e as crianças simplesmente amaram!  Foi o nosso lanchinho na festa da Páscoa e já entrou para o cardápio! 
O nome verdadeiro do bolo é  "Bolo Integral com Linhaça ", mas com esse nome criança nenhuma ia querer provar né ?

Ingredientes
- 200g de margarina
- 2 xícaras de açúcar mascavo
- 2 ovos
- 1 e 1/2 xícara de farinha de trigo integral
- 1 xícara de farinha de trigo
- 1 colher (sopa) de fermento em pó
- 200 ml de leite
- 2 colheres (sopa) "de mãe" de farinha de linhaça, ou, bata as sementes de linhaça no liquidificador.
- 1 colher de aveia em flocos finos.
- 1 colherinha de canela em pó ou canela à gosto.


Modo de Preparo
Bata a margarina com o açúcar até formar um creme. Coloque os ovos, um a um, incorporando-os ao creme. Coloque a farinha, aos poucos, para o creme não perder a leveza. Junte a linhaça, a aveia, a canela em pó e o leite, e bata por 4 min na batedeira ou por 6 min à mão, para que a massa fique homogênea. Junte o fermento e bata mais um pouquinho.
Coloque em uma forma untada e enfarinhada, em forno pré-aquecido a 180º e asse por cerca de 45 minutos. 

http://pt.petitchef.com/receitas/bolo-integral-com-linhaca-fid-339423
MORDENDO PARA CONHECER

Uma coisa muito comum nas turmas de Berçário e Maternal, mas que costuma provocar muita preocupação dos pais,  são as mordidas. Principalmente no período de adaptação, em que, além da maioria das crianças estar vivendo sua primeira experiência social extra-familiar, os grupos estão em fase de formação, de “primeiras impressões” , ou em situações de entrada de crianças novatas, as mordidas quase sempre fazem parte da rotina diária das crianças. Não é fácil lidar com esta situação, tanto para os pais (é muito dolorido receber o filho com marcas de mordida!) , quanto para nós, educadores (que sempre nos sentimos impotentes, incapazes que somos, na maioria das vezes, de impedir que elas aconteçam). 

Se nos dedicarmos a pensar esta questão de forma mais ampla, poderemos nos aproximar de uma compreensão deste fenômeno, do ponto de vista do desenvolvimento e da história da criança. Podemos partir de perguntas simples: 

Por que as crianças pequenas mordem umas às outras e às vezes até a si mesmas? Expressão de agressividade? Violência? Stress? Sentimento de abandono? 

As crianças pequenas geralmente mordem para conhecer. Para elas, tudo que as cerca é objeto de interesse e alvo de sua curiosidade, inclusive as sensações. O conceito de dor, por exemplo, é algo que vai sendo construído a partir de suas vivências pessoais e principalmente sociais, e não algo dado a priori. Mordendo o outro, a criança experimenta e investiga elementos físicos, como sua textura (as pessoas são duras? São moles? Rasgam? Quebram?), sua consistência, seu gosto, seu cheiro; elementos “sexuais” (no sentido mais amplo da palavra), na medida em que morder proporciona alívio para suas necessidades orais (nelas, a libido está basicamente colocada na boca) e ainda investiga elementos de ordem social, isto é, que efeitos que esta ação provoca no meio (o choro, o medo ou qualquer outra reação do coleguinha, a reprovação do educador, etc). Dessas investigações é que será engendrado o conceito de dor, tanto da dor própria (as crianças pequenas muitas vezes mordem também a si mesmas, numa atitude explícita das ações listadas acima) quanto da dor do outro (sentido moral da dor: a constatação de que não é lícito proporcionar dor ao outro, mesmo que os sentimentos – a raiva - assim o indiquem). 

É claro que, vencida esta primeira etapa de investigação, algumas crianças podem persistir mordendo, seja para confirmar suas descobertas ou para “testar” o meio ambiente (disputa de poder, questionamentos de autoridade, etc). Ou ainda, pode ser uma tentativa de defesa: ela facilmente descobre que morder é uma atitude drástica. Raramente a mordida é um ato de agressividade, e muito menos de violência, mas nem por isso devem ser ignoradas ou aceitas pelos pais. As crianças raramente querem simplesmente agredir, a não ser que estejam vivendo alguma situação de intenso stress emocional em que todos os demais recursos estejam esgotados. 

Assim, a mordida é uma conduta que pode ser administrada dentro do grupo: tanto em relação às crianças que mordem quanto àquelas que são mordidas com freqüência. Uma observação importante a fazer é que, por vezes, encontramos crianças que, por um motivo ou por outro dentro de sua história de vida, não só permitem as mordidas como costumam provocá-las. Estas crianças e suas famílias devem receber orientação especial do educador. 

Cabe às famílias compreender este momento do grupo, buscando, se necessário, suporte junto aos profissionais incumbidos de coordenar as vivências grupais. 


O que é importante saber sobre as mordidas:

A partir do primeiro ano de idade, as crianças descobrem que uma mordida pode ser uma arma decisiva para resolver os conflitos entre elas. 
É justamente nessa fase que algumas crianças descobrem que podem usar os dentes para expressar as emoções, seja de raiva, de ciúmes ou simplesmente para fazer um pedido. Nos primeiros anos da infância, também são comuns os tapas e beliscões quando surge uma contrariedade. 
As crianças muito pequenas não têm todos os recursos de linguagem para expressarem o que sentem. As mordidas são instrumentos usados para conhecer os limites dela e a reação do outro. Se as mordidas, no entanto, persistem mesmo quando a criança articula bem as palavras, isso pode ser sinal de preocupação. 
Na escola, descobrem que não são as únicas interessadas nos brinquedos, nem as únicas a receber a atenção da professora. 
Por volta dos dois anos de idade as mordidas se tornam bastante comuns, principalmente na sala de aula. 
A criança não faz isso para machucar, tanto que ela também fica assustada quando o outro começa a chorar. 
Algumas crianças mordem porque percebem que assim recebem a atenção dos pais, os pais devem combater essa prática, com muita persistência, pois apesar da idade elas compreendem o certo e o errado. 
Nunca bata no seu filho se ele morder um amiguinho. Converse com ele, quantas vezes for preciso, sobre outras formas de conseguir o que deseja. 
A criança que morde pode vir a ser rejeitada pelo grupo, por isso, corrija seu filho ao primeiro sinal de agressividade. 
Se seu filho for mordido, nunca o incentive a fazer o mesmo com a outra criança. Mostre que o coleguinha não fez por mal e sugira que ele brinque com outras crianças até que essa fase passe. Não é fácil para a criança aprender a conviver com outras crianças da mesma faixa etária, que também disputam atenção. 


Fonte: 
Cláudia Maria de Morais Souza - Psicopedagogia on line 
Albertina de Mattos Chraim – Psicopedagoga